03 setembro 2013

Curta Malunguinho estreia no Festival do Rio

Divindade, guerreiro, negro e ícone da resistência quilombola no Recife. Africano assassinado há quase 200 anos, Malunguinho continua sendo cultuado nos terreiros de Jurema Sagrada do Nordeste, mas ainda é desconhecido do povo e ignorado pela branca historiografia oficial do Brasil. O curta-metragem homônimo, do documentarista Felipe Peres Calheiros, se inspira na confluência do que há de religioso e histórico nesse personagem-entidade. Assim, tenta sugerir, por meio de elementos sensoriais, de performance poética e da narração de textos históricos, a sensação de uma luta afro-indígena que perdura até hoje. O filme foi selecionado e estreia no Festival do Rio, que acontece entre os dias 26 de setembro e 10 de outubro.

Selecionado como produto para televisão em edital do Funcultura de 2010, Malunguinho foi um média, lançado em 2012 no Cinema São Luiz e posteriormente exibido na TV Universitária, antes de ser curta. O documentário de 48 minutos, com abordagem mais clássica e televisiva, apresenta a investigação de documentos históricos em entrevista a pesquisadores e praticantes da Jurema. Totalmente diferente, com proposta mais experimental, o curta de 15 minutos ganhou – além de novas imagens, roteiro e montagem – também narração e performance de Miró, poeta marginal pernambucano cuja produção textual se relaciona, de forma muito pessoal, com experiências cotidianas de racismo e preconceito. “A força da presença dele em Malunguinho vem da verdade crua de sua poesia e vida: há muito mais realidade do que interpretação no seu texto e na sua expressão no filme”, afirma o diretor.

“Malunguinho” é uma produção do Coletivo Asterisco apoiada pelo grupo do Quilombo Cultural Malunguinho e dirigida pelo curtametragista Felipe Peres Calheiros (Até Onde a Vista Alcança, 2008, e Acercadacana, 2010), cuja filmografia tem estreitado relação com a militância em prol dos direitos humanos. “As feridas da escravidão e da violência branca ainda não estancaram em nosso País. Basta observar o mundo e analisar os indicadores sociais para noticiar a permanência da exclusão dos negros e índios”, diz.

HISTÓRIA - Malunguinho liderou o quilombo do Catucá, nos arredores do Recife, no início do século 19. O enfrentamento de tropas e os diversos saques promovidos pelo seu grupo ficaram registrados na correspondência entre as autoridades da época, em documentos históricos guardados no Arquivo Público de Pernambuco e ainda não totalmente revelados. Após seu assassinato em 1835, o líder quilombola passou a ser cultuado pelos praticantes da Jurema Sagrada, segundo os historiadores do projeto, os quais defendem a inclusão de Malunguinho no panteão dos heróis da pátria, ao lado de Zumbi dos Palmares.

Ficha Técnica
Direção: Felipe Peres Calheiros
Produção executiva: Diego Medeiros
Roteiro: Felipe Peres Calheiros e Paulo Sano
Produção: Natali Assunção e Andrenalina
Fotografia: Luís Henrique Leal
Assistência de câmera: Rafael Cabral
Direção de arte: Sergio Santos
Som direto e edição de áudio: Rafael Travassos e Nicolau Domingues
Montagem e finalização: Paulo Sano
Correção de cor e finalização em DCP: Pablo Nóbrega
Projeto Gráfico: Gilmar Rodrigues
Pesquisa: Alexandre L'Omi L'Odò e João Monteiro
Preparação de elenco: Edinaldo Ribeiro
Figurino: Francis de Souza
Motorista: Marcão
Elenco: Miró da Muribeca, Antônio Carlos dos Santos, Jamila Marques, Luciano Santana, Patrícia Nascimento (Diva), Paulo Queiroz, Verônica Santos, Yury Matias
Narração: Miró da Muribeca
Texto: Felipe Peres Calheiros e Miró da Muribeca
Documentos históricos: Arquivo Público de Pernambuco Jorão Emerenciano

19 dezembro 2012

Quarta-feira 19 de dezembro de 2012. Acabo de receber o comunicado de que o processo de usucapião da agricultora Maria Francisca de Lima contra a empresa de etanol Petribu S/A foi julgado ontem 18/12/2012 pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco, SEM QUE OS ADVOGADOS DE DONA MARIA FRANCISCA DE LIMA FOSSEM INFORMADOS DA DATA DO JULGAMENTO.

Trata-se de um claro exemplo de cerceamento ao direito de defesa dessa agricultora, que luta por meio hectare de terra, em que mora há mais de 40 anos, contra uma empresa que possui mais de 28 mil hectares de terra.

O filme que segue junto a esse texto é o documentário ACERCADACANA, gravado entre 2008 e 2010, e que circulou por mais de 50 festivais de cinema, em mais de 15 países, e que conseguiu entre outros feitos, o prêmio de melhor curta-metragem brasileiro no Festival de Brasília de 2010 e melhor curta latino-americano no Festival de Valdívia (Chile) em 2011.

Hoje, 2 horas depois de receber o comunicado dessa injustiça absurda cometida contra uma agricultora e sua família pelo próprio Poder Judiciário de Pernambuco, resolvi lançar esse filme na internet, sob o mais triste sentimento de indignação e revolta.

Para conhecer o tamanho da violência pela qual passou e passa essa senhora admirável, basta assistir ao filme. Para reagir contra isso, seguem o endereço da ouvidoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco e o email do desembargador Eurico de Barros Correia Filho, relator do processo que julgou por unanimidade, às vesperas do recesso do judiciário e das férias de janeiro, o provimento do recurso da USINA PETRIBU S/A contra o legítimo direito ao usucapião de dona MARIA FRANCISCA DE LIMA.

Endereço da ouvidoria do Tribunal: http://www.tjpe.jus.br/ouvidoria/
telefone da ouvidoria do Tribunal: 0800-081 52 51
email do Desembargador Relator: eurico.barros@tjpe.jus.br

Acomapanhamento do processo:
http://www.tjpe.jus.br/processos/consulta2grau/ole_busca_processos_numero2.asp?nume=171386200

Link do Filme:
http://vimeo.com/46202367

Felipe Peres Calheiros

15 novembro 2012

"Malunguinho" será lançado no dia da Consciência Negra


Divindade, guerreiro, negro e ícone da resistência quilombola no Recife. Por quase 150 anos Malunguinho vem sendo cultuado nos terreiros de Jurema Sagrada do Nordeste, mas ainda é desconhecido do povo e ignorado pela branca historiografia oficial do Brasil. No Dia da Consciência Negra, nesta terça-feira (20), ele ganha um filme homônimo que estreia no Cinema São Luiz, às 19h.

O documentário reproduz o que seria a rotina dos quilombolas do século 19 nas matas pernambucanas ao mesmo tempo em que apresenta o culto da Jurema (religião de matriz indígena com influência africana) numa observação sensorial de três terreiros da região metropolitana do Recife. As imagens são entrecortadas pelos estudiosos e praticantes da Jurema João Monteiro, Alexandre L'Omi L'Odò e Sandro de Jucá em entrevistas sobre o papel marginal dado aos quilombos nos documentos e livros de história.

“Malunguinho” é uma produção do Coletivo Asterisco idelizada pelo grupo do Quilombo Cultural Malunguinho e dirigida por Felipe Peres Calheiros (Até Onde a Vista Alcança, 2007, e Acercadacana, 2010), diretor cuja filmografia tem estreitado relação com a militância em prol dos direitos humanos. “As feridas da escravidão e da violência branca ainda não estancaram em nosso País. Basta observar o mundo e analisar os indicadores sociais para noticiar a permanência da exclusão dos negros e índios”, diz.

Selecionado como produto para televisão em edital do Funcultura de 2010, o média de 48 minutos também será exibido, na terça (20), na TV Universitária, às 21h, e passa no mesmo dia no Cinema da Fundação, às 9h, para alunos da rede pública. Em 2013, um curta-metragem com proposta mais experimental e novas imagens de “Malunguinho” deve circular nos festivais de cinema.

HISTÓRIA - Malunguinho liderou o quilombo do Catucá, nos arredores de Recife, no início do século 19. O enfrentamento de tropas e os diversos saques promovidos pelo seu grupo ficaram registrados na correspondência entre as autoridades da época, em documentos históricos guardados no Arquivo Público de Pernambuco e ainda não totalmente pesquisados. Após seu assassinato em 1835, o líder quilombola passou a ser cultuado pelos praticantes da Jurema Sagrada, segundo os pesquisadores do projeto, que defendem a sua inclusão no panteão dos heróis da pátria, ao lado de Zumbi dos Palmares.

Ficha Técnica
Direção: Felipe Peres Calheiros
Produção executiva: Diego Medeiros
Roteiro: Felipe Peres Calheiros, Paulo Sano e Sérgio Santos
Produção: Natali Assunção e Andrenalina
Fotografia: Luís Henrique Leal
Assistência de câmera: Rafael Cabral
Direção de arte: Sergio Santos
Som direto e edição de áudio: Rafael Travassos e Nicolau Domingues
Montagem e finalização: Paulo Sano
Correção de cor: Pablo Nóbrega
Projeto Gráfico: Gilmar Rodrigues
Pesquisa: Alexandre L'Omi L'Odò e João Monteiro
Preparação de elenco: Edinaldo Ribeiro
Figurino: Francis de Souza
Motorista: Marcão
Elenco: Antônio Carlos dos Santos, Jamila Marques, Luciano Santana, Patrícia Nascimento (Diva), Paulo Queiroz, Verônica Santos, Yury Matias

30 junho 2012

ACERCADACANA em Sergipe

Na próxima sexta 06 de julho, o curta ACERCADACANA será exibido no II SERCINE - Festival Sergipe de Audiovisual, como parte da Mostra Banese Cão de Telha.

http://www.sercine.com.br/


11 junho 2012

"Zuleno" no Rio, Florianópolis, São Luís e Maringá

Nesse mês de junho, o curta Zuleno será exibido: no XIX Cinesul - Festival Ibero-americano de Cinema e Vídeo, Rio de Janeiro; no II Festival Internacional de Cinema LUME, em São Luís; no 16.º Festival Audiovisual Mercosul, em Florianópolis; e no 9º Festival de Cinema de Maringá.

http://www.cinesul.com.br
http://www.audiovisualmercosul.com.br
http://www.lumefilmes.com.br
http://www.festcinemaringa.com.br/2012/








11 maio 2012

ACERCADACANA no Ceará

O documentário ACERCADACANA será exibido, na Mostra Nascente, do FestFilmes - Festival do Audiovisual Luso Afro Brasileiro, que ocorre em Fortaleza e outras cidades, de 13 a 18 de maio.
http://www.festfilmes.com.br


26 abril 2012

"Zuleno" estréia no CINE PE





De vida e arte era feito Zuleno, pintor pernambucano que buscava beleza em tudo tocado e revelado pela luz. Homônimo, o curta-metragem que estreia no Cine PE, esta sexta-feira (27), é o registro de três encontros com o artista, momentos nos quais, na fragilidade dos 92 anos, ele deixa transparecer a sabedoria acumulada em sua trajetória, com a humildade de quem dedicou a longa caminhada aos outros e a não si.

As próprias obras de Zuleno contam, no filme, os passos do menino pobre que aprendeu a desenhar sozinho e se tornou reconhecido pelo traço marcante e técnica incomum (pintava com a tela deitada e utilizando esmalte sintético). Contudo, o curta não tenta ser uma biografia. É uma conversa com o pintor e ele se apresenta na sua forma mais honesta: um homem de sorriso sincero, mãos calejadas e corpo já muito debilitado pela idade, mas com alma de quem nunca envelhece.

O projeto foi pensado por Diego Medeiros, produtor executivo do filme. A relação de amizade e admiração mantida com o artista foi a mola propulsora da iniciativa, que o levou a chamar o diretor Felipe Peres Calheiros (Até Onde a Vista Alcança, 2007, e Acercadacana, 2010) para assumir a direção do trabalho. “Entrei a convite e rapidamente Zuleno me encantou. Apesar de toda a sofisticação e importância da sua obra, ele escolheu a maneira mais humilde e caridosa de ser, em consonância com sua bela compreensão espiritual do mundo”, conta Calheiros.

A dinâmica do curta seguiu, segundo o diretor, coerente com o personagem, prezando por soluções simples e pela fruição mais direta possível da obra do pintor. “É um recorte desse encontro e de parte de suas obras registrado a partir de algumas poucas conversas”, explica. Rodado em 2007 e 2008, pouco antes da morte do artista, Zuleno é uma produção da Asterisco e da D7 Filmes e conta com a fotografia de Mariano Maestre e a montagem de João Maria. Em 2009, ganhou incentivo do Funcultura para ser finalizado, além de ter sido selecionado na categoria “Produto para TV” no mesmo edital.

ZULENO - Antes de se dedicar inteiramente à pintura, Zuleno foi ilustrador e desenhista. Trabalhou dois anos com Lula Cardoso Ayres e entre 1950 e 1970 atuou no Jornal do Commercio fazendo desenhos esportivos e de acontecimentos do dia. Recebeu o prêmio Ampulheta de Ouro, em São Paulo, pelo melhor calendário de pintura de 1970, ao lado de Lula Cardoso Ayres e Di Cavalcanti. No ano de 1979, realizou uma mostra individual no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Depois disso, passou a receber elogios da crítica especializada por quem foi considerado um dos melhores pintores do Brasil.

Direção: Felipe Peres Calheiros
Produção: Diego Medeiros
Roteiro: Diego Medeiros e Felipe Peres Calheiros
Fotografia: Mariano Maestre
Montagem: João Maria
Finalização: Paulo Sano
Edição de áudio: Nicolau Domingues e Rafael Travassos
Correção de cor: Pablo Nóbrega
Still: Mateus Sá
Produção Executiva: Alexandre Nogueira
Som Direto: Bicudo e Hidido
Logger: Santiago e Rapha Spencer
Design: Gilmar Rodrigues

Realização de Coletivo Asterístico e D7 Filmes.

Patrocínio: Governo de Pernambuco e Lima e Falcão Advogados.

Apoios: Dub Color, Projetec, Sany Galvão.

17 fevereiro 2012

ACERCADACANA na TV Brasil

O Curta TV do domingo 26/02, às 22h30, vai mostrar como o cinema pode ser um parceiro importante na preservação do meio ambiente. No Brasil, os assuntos ambientais estão profundamente ligados a questões como demarcação e divisão de terras. O programa, veiculado pela TV Brasil, apresenta uma matéria sobre o curta ACERCADACANA, que aborda como os pequenos agricultores têm de lutar para manter suas propriedades diante da ocupação desenfreada dos grandes agropecuaristas.

http://tvbrasil.org.br/curtatv/

03 fevereiro 2012

ACERCADACANA no Festival do Juri Popular

De 30 de janeiro a 5 fevereiro, acontece o 4º Festival do Júri Popular em 20 cidades brasileiras, simultaneamente. O curta ACERCADACANA compõe o programa 02. Confira a programação da sua cidade no site do festival.

http://www.festivaldojuripopular.com.br

10 dezembro 2011

ACERCADACANA na Bahia e em Cuba

Em dezembro, o curta ACERCADACANA será exibido no II CachoeiraDOC, na cidade de Cachoeira-BA, que acontece de 8 a 11/12, e em Havana, durante o 33.o Festival del Nuevo CInema Latinoamericano de Cuba.

http://www.cachoeiradoc.com.br
http://www.habanafilmfestival.com/


23 novembro 2011

ACERCADACANA no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte

No fim de novembro, o documentário ACERCADACANA será exibido em dois festivais etnográficos: no dia 23/11, às 18:30 no Museu da República, Rio de Janeiro, pela 15a. MIFE - Mostra Internacional do Filme Etnográfico; e em 29/11 às 19h no Cine Humberto Mauro - Palacio das Artes, Belo Horizonte, pelo 15o. FORUMDOC - Festival do Filme Documentário e Etnográfico.

http://www.mostraetnografica.com.br/
http://www.forumdoc.org.br/


21 novembro 2011

ACERCADACANA no meio da cana

O curta ACERCADACANA será exibido de 19 a 27 de novembro, durante a Mostra Canavial de Cinema, nas cidades de Goiana, Condado, Tracunhaém, Nazaré da Mata, Vicência e Aliança, na Zona da Mata de Pernambuco.

http://www.mostracanavial.com.br/

04 novembro 2011

Janela de Cinema exibe ACERCADACANA

Na próxima segunda 07/11, às 17h, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Derby), ACERCADACANA será exibido, dentro do programa "O Meu Espaço", da Mostra Competitiva de Curtas da IV Janela Internacional de Cinema do Recife. O documentário será reexibido no Cinema São Luís, sexta 11/11 às 18:30h, em sessão que contará com a presença de Dona Francisca (protagonista do filme) e família.

http://www.janeladecinema.com.br/

03 novembro 2011

ACERCADACANA em Maceió, Porto Velho e Petrópolis

Nessa sexta 04/11, às 19h, a Mostra Cine SESI exibe em Maceió, o documentário ACERCADACANA. O filme também será exibido na 9ª Edição do FEST CINEAMAZÔNIA – Festival Latino Americano de Cinema e Vídeo de Porto Velho-RO de 08 a 12/11, e na 2ª Edição do Festival Nacional de Cinema de Petrópolis-RJ, de 05 a 12/11.

http://centroculturalsesi.com.br/
http://www.festcinepetropolis.com.br/
http://www.cineamazonia.com/



19 outubro 2011

ACERCADACANA no Rio de Janeiro e Cuiabá

O documentário ACERCADACANA será exibido em outubro em dois festivais cariocas. Primeiro, no 5º Festival Visões Periféricas, integrando a Mostra Fronteiras Imaginárias, sábado 22/10 às 18:30h, no espaço Oi Futuro em Ipanema. Depois, na sexta 28/10, às 17h00, no Cinema Odeon Petrobras, dentro do Panorama Nacional 1, do 21º CURTACINEMA - Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. O curta também será projetado na Mostra Competitiva do 18º CINEMATO - Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, com exibição na terça 25/10, às 19h no Cine Teatro Cuiabá.

http://curtacinema.com.br
http://www.cinemaevideocuiaba.org
http://www.visoesperifericas.org.br